terça-feira, janeiro 19, 2010

É preciso paciência...

Hoje aborreceu-me receber um comentário algo indelicado. O leitor não escreveu nenhuma palavra incorrecta, apenas usou o Fantasia Musical para fazer publicidade da sua escola de música.
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Se o tivesse solicitado, garanto-lhe que seria um prazer fazê-lo. No entanto, no espaço do comentário apenas escreveu o link para a sua página; assim, sem mais demoras. Irritou-me. Quer publicidade gratuita? Pois procure-a noutro lado!

Imagens de marca ;)

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Como comportar-se num concerto de música erudita

Os diversos estilos de música têm os seus próprios rituais. Plateias de jazz aplaudem os músicos após cada improviso, cantores pop pedem à plateia para os acompanhar no refrão de algumas músicas e, para ir um pouco mais longe, o público de shows de música punk deve segurar os músicos que se atiram sobre a plateia. Com a música erudita ocorre o mesmo, mas os rituais da música de concerto podem parecer muito confusos.

O concertino e o maestro - Normalmente o líder dos violinos (concertino) espera até que a orquestra esteja posicionada para se dirigir à plataforma e receber aplausos. Uma nota de afinação soa e os músicos preparam os seus instrumentos. O público deve ficar em silêncio durante a afinação. De seguida, o maestro entra e recebe mais aplausos. Este cumprimenta o concertino, como representante de orquestra. Os músicos sentam-se e o maestro vira-se para a orquestra e a música começa. O maestro não se virará para o público até ao final da peça, que pode demorar de alguns minutos a mais de uma hora.

Quando aplaudir - A música poderá começar e parar algumas vezes. São os intervalos entre os movimentos, apontados nos programas de qualquer peça erudita. Mas somente quando a peça inteira se finda e o maestro baixa os seus braços e se vira para a plateia é que se deve aplaudir. Nunca entre intervalos dos movimentos. O maestro, então, deixa o palco e retorna ao palco repetidas vezes, enquanto os aplausos persistirem. Normalmente, o regente pedirá que alguns músicos ou toda a orquestra se levante para dividir os aplausos.

O solista e os intervalos - Após todo este entra-e-sai, aplausos e agradecimentos, o maestro acaba fora do palco enquanto a orquestra se prepara para a próxima peça. Estantes de música e músicos são adicionados ou retirados do palco. Eventualmente, quando todos estão prontos, o maestro volta ao palco para dirigir a próxima peça. Se houver um solista, este dirigir-se-á para a frente do palco com o maestro e normalmente é o centro da atenção.

Bravo, brava ou bravi - O público pode mostrar entusiasmo extra ao levantar-se enquanto aplaude ou gritando bravo!. Para ser política e gramaticalmente correcto, grite brava para mulheres e bravi para um grupo. Uma curiosidade: hoje em dia não há o costume de se vaiar apresentações consideradas abaixo do nível esperado, mas isto era muito comum há poucos anos e ainda acontece em algumas casas de ópera na Itália, onde há casos de cantores que têm de se refugiar de projécteis atirados pela plateia. No passado, as reacções eram mais violentas. O público tornou inesquecível a primeira apresentação da Sagração de Primavera, com grupos rivais digladiando-se com palavras e uivos. No tempo de Beethoven, tudo era muito diferente, o público da Nona Sinfonia gostou tanto do Scherzo que o aplaudiu enquanto a música ainda era tocada. Os concertos também eram muito diferentes. O Concerto de Violino de Beethoven foi tocado pela primeira vez a partir de seu manuscrito, sem nenhum ensaio e teve os seus movimentos divididos por uma sonata de Franz Clement, tocada com o violino de cabeça para baixo. A première da Symphonia Domestica de Strauss foi na loja de departamentos Wanamaker´s, em Nova Iorque.

Tossir - Mesmo plateias bem informadas cometem grandes gafes, como tossir de maneira violenta entre movimentos ou em momentos de silêncio em meio à performance. O silêncio pode ter especial significado em algumas obras e a acústica da sala de concerto é projectada de modo a amplificar e canalizar o som produzido para a sala inteira. Tossir? Só no fortíssimo. Os momentos de fortíssimo, quando a orquestra ataca com todas as suas forças seriam um momento mais próprio para a tosse.

Telemóvel - Sobre não desligar o telefone, ou mesmo atendê-lo, não é necessário tecer comentários.

De qualquer maneira aplauda e grite (ou vaie) com vontade. Os artistas querem saber o que você achou do concerto.
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(retirado do blogue Il Mondo Classico, com algumas adaptações a nível de língua)

quinta-feira, janeiro 14, 2010

É já este domingo...

... que se inicia um novo espaço musical para as famílias. Claro que é em Lisboa [ :( ] mas não deixa de ser muitíssimo interessante e, desta vez, irei.


Bem, na verdade não estou a ser justa para o Carlos Semedo, pois afinal em Castelo Branco tem havido alguns bons espectáculos ao domingo de manhã para as famílias :D

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Faz-vos lembrar algum conto infantil?

Eis uma exposição a que não gostaria de faltar. De 9 de Janeiro a 27 de Fevereiro, uma exposição de Ana Janeiro, na Galeria Paulo Amaro (Lisboa).

segunda-feira, janeiro 04, 2010

David Campbell elogia (Des)Concertante

Já aqui falei, por diversas vezes, do fantástico grupo de Música de Câmara (Des)Concertante Trio, ora anunciando concertos ora divulgando prémios por eles recebidos. A junção entre o Clarinete do Sérgio Neves, o Acordeão da Carisa Marcelino e o Violoncelo da Ana Luísa Marques é particularmente interessante pela sua originalidade! Desde o início desta formação, tenho procurado seguir o seu percurso artístico, pois sei que é um trio com futuro.

Ontem agradou-me imenso saber que há já alguns críticos internacionais que divulgam o grupo assim:

Esta é uma crítica de David Campbell, inserida na revista Clarinet & Saxophone Magazine referente ao ClarinetFest 2009 Oporto, este ano ocorrido na Casa da Música.

Concerto de Reis

O Coro Anonymus, amigo do Cantar no CRCB, enviou-nos este convite que não posso deixar de partilhar convosco. Se puderem, vão até lá! Para saberem mais pormenores sobre este concerto, o melhor é darem um salto até aqui.