sábado, julho 30, 2016

Não tenho nada para fazer...

Uma excelente ideia :D
http://www.muminthemadhouse.com/ultimate-summer-activities-lists-bored-jar-lists/


sexta-feira, julho 29, 2016

Estamos no lugar certo; com as pessoas certas!

Acontece, por vezes, planearmos um concerto ou um dia de ensaio coral ao pormenor e sentirmo-nos desiludidos quando aparecem muito menos pessoas do que esperávamos. O mais certo é sentirmo-nos desiludidos e isso transparecerá em nós. Na verdade, como nos diz Chris Rowbury,devemos aceitar com graciosidade o que acontece e tirar desse facto o maior partido. 
A singing session is coming up and you’re excited. It will be in a grand hall with loads of singers! But the day comes and it’s a tiny space and only a handful turn up. How can you manage your expectations and work with what you’ve got?


It happens to the best of us, whether it’s a weekly choir rehearsal or a one-off singing day. We build an expectation in our minds but the reality doesn’t quite match.

It’s very easy to get disheartened because things aren’t working out as you’d hoped. The secret is to realise that what you’ve got is what you’ve got. Acknowledge the reality of the situation and don’t dwell on what might have been. In fact, you can turn it into a positive.

“This is the right place, and these are the right people.”

It was meant to be. The universe has conspired to put you in this situation and it’s exactly what it needs to be.

Instead of seeing lack of numbers as a problem:

  • relish the fact that you can do some small group work,
  • maybe even some individual tuition.

Instead of bemoaning the lack of men:

  • give them something important to do (like the tune for a change!), and,
  • if there are no men at all, glory in the sound of women singing in harmony together.

Instead of fighting against any perceived limitations of your work space, use its strengths:

  • if it’s a small space, sit or stand really, really close together;
  • if it’s a huge space, spread your small number of singers around the space and focus on listening;
  • if it’s a dark space with no natural light, turn all the lights out and really, really listen to each other;
  • if there are pillars or tables in the way or walls at strange angles, make your session more theatrical and use the space to your advantage – a chance to place the singers in interesting ways.

Instead of feeling frustrated that your singers are not as experienced as you’d hoped:

  • go back to first principles and do lots of unison singing, simple chants, call and response – it’s amazing how easy it is to forget the simple things.

You get the idea: It’s all about being in the moment and accepting the reality in front of you.

quinta-feira, julho 21, 2016

Clafoutis de legumes

Há uns dias lembrei-me de fazer uma receita que gosto muito, mas salgada: um clafoutis. Peguei na receita tradicional e alterei-a a gosto. Não é que saiu deliciosa?!
Ingredientes:
100g de farinha de trigo
2 c. de chá de fermento
3 ovos grandes
50g de margarina
180 ml de leite 

1 cebola picada
1/2 beterraba cozida em cubos
1 courgete em cubos
1 cenoura às rodelas finas
flores de bróculos
azeitonas descaroçadas
farinha para envolver os legumes 
sal e pimenta q.b.
manteiga para untar

queijo ralado para polvilhar

1. Pré-aquecer o forno a 180ºC.
2. Colocar a farinha, o fermento, os ovos, a margarina, o leite, o sal e a pimenta numa taça. Bater os ingredientes muito bem. 
3. 
Juntar todos os legumes e envolvê-los num pouco de farinha.
4. Untar uma taça de forno com a manteiga e dispor os legumes.
5.Verter o preparado da massa por cima e, sobre esta, o queijo ralado.
6. Levar ao forno durante 35/40 minutos.

Só me lembrei quase no fim...

Ontem fomos almoçar à Tasca do Manel, em Alcains. Pedimos à Paula para nos preparar uma refeição vegan e tivemos um hambúrguer fantástico de feijão preto. O prazer na degustação foi tanto, que quase me esquecia de fotografar ;) 

Obrigada, Paula. Podes continuar a investir nesta área!

Waffles de alfarroba (vegan)

 
Com a filha em casa, gosto de experimentar receitas novas vegan. Ontem foi a vez das waffles de alfarroba. Ficaram lindas e muito saborosas. Aconselho! 

Ingredientes:

- 100g de farinha de arroz
- 100g de farinha de trigo integral
- 50g de farinha de alfarroba
- 2 c. de chá de fermento
- 3 c. de chá de açúcar mascavado
- 1,5 colheres de sopa de óleo vegetal
- 200ml de leite de soja
- 1 pitada de sal

Misturar tudo e usar a máquina de waffles. Acompanhar com fruta fresca, côco e xarope de ácer. Fácil, não é verdade? :D

sexta-feira, julho 08, 2016

Cogumelos recheados com feijão e espinafres (vegan)

  • Ontem chegou a minha filhota mais nova e quis preparar uma refeição bonita e rápida. Ficou muito boa!

  • Marinada de cogumelos:
  • 5 cogumelos Portobello
  • 1 colher de sopa de molho de soja 
  • Sumo de 1/2 limão
  • 1 colher de café de alho em pó
  • 1 colher de café de paprika
  • 1 pitada de pimenta preta

  • Recheio de feijão e espinafres:
  • 1 lata pequena de feijão vermelho 
  • 1 cebola picada
  • 1 lata pequena de tomates triturados
  • 1 pequeno molho de espinafres
  • 1 colher de sopa de óleo de coco 
  • Sal marinho, pimenta e noz-moscada
  • Coentros q.b.

  • Lavar e limpar muito bem os cogumelos com um pano. Num frasco misturar muito bem o molho de soja, o sumo de limão, o alho em pó, a paprika e a pimenta preta. Pincelar todos os cogumelos com a mistura e deixar marinar por alguns minutos. 

  • Entretanto, numa frigideira, saltear a cebola com o óleo de coco até estar macia. Juntar os tomates triturados, envolver bem e deixar cozer por 1 a 2 minutos. Juntar o feijão e todas as especiarias, mexer e deixar cozer por cerca de 5 minutos (até o tomate estar cozido). Por fim, juntar os espinafres e apagar, logo de seguida, o lume. Aromatizar com coentros picados.

  • Grelhar os cogumelos numa frigideira ou chapa anti aderente por cerca de 2 a 3 minutos. 

  • Rechear os cogumelos com o feijão e espinafres e servir.

  Receita encontrada aqui.

domingo, julho 03, 2016

Eu ajudo ou eu partilho tarefas?

Texto encontrado algures no facebook.
Um amigo vem a minha casa tomar café, sentamo-nos e conversamos, falando sobre a vida… “Vou num instante lavar os pratos que ficaram no lava-loiças”, digo-lhe.
Ele olha para mim como se lhe tivesse dito que vou construir uma nave espacial. Diz-me com admiração, mas um pouco perplexo: “Ainda bem que ajudas a tua mulher, quando eu o faço a minha mulher não elogia. Ainda na semana passada lavei o chão e nem um obrigada.”
Voltei a sentar-me com ele e expliquei-lhe que eu não ajudo a minha mulher. Como regra, a minha mulher não necessita de ajuda, tem necessidade de um sócio. Eu sou um sócio em casa e por via desta sociedade as tarefas são divididas mas não se trata certamente de um apoio à casa. Eu não ajudo a minha mulher a limpar a casa porque eu também vivo aqui e é necessário que eu também limpe. Eu não ajudo a minha mulher a cozinhar porque eu também quero comer e é necessário que eu também cozinhe. Eu não ajudo a minha mulher a lavar os pratos depois da refeição porque eu também usei esses pratos. Eu não ajudo a minha mulher com os filhos porque também são meus filhos e a minha função é ser pai. Eu não ajudo a minha mulher a estender ou a dobrar a roupa, porque também é roupa minha e dos meus filhos. Eu não sou uma ajuda em casa, sou parte da casa. E no que diz respeito a elogiar, perguntei-lhe quando é que foi a última vez que, depois de ela acabar de limpar a casa, tratar da roupa, mudar os lençóis da cama, dar banho aos filhos, cozinhar, organizar, etc., lhe disseste obrigado? Mas um obrigado do tipo: wow!!! Mulher minha! És fantástica!!! Parece-te absurdo? Parece-te estranho? Quando tu, uma vez na vida, limpaste o chão, esperavas no mínimo um prémio de excelência com muita glória e relações públicas… Porquê? Nunca pensaste nisso, amigo? Talvez porque para ti é um dado adquirido que tudo seja tarefa dela? Talvez te tenhas habituado a que tudo isto seja feito sem que tu tenhas de mexer um dedo? Então elogia como tu querias ser elogiado, da mesma forma, com a mesma intensidade. Dá uma mão, comporta-te como um verdadeiro companheiro, não como um hóspede que só vem comer, dormir, tomar banho… Sente-te em casa. Na tua casa.

Texto original em italiano, partilhado no Blog Storie di DoNnE CoMuNi e traduzido por João Azevedo.

Concurso de professores e educadores 2016/2017

Nem um professor de Educação Musical...

http://www.dgae.mec.pt/_main/listas2016_def/


domingo, junho 26, 2016

De certeza que sou uma ET

Há alturas em que penso que não pertenço aqui. "Aqui" num sentido lato... 

Tenho dificuldade em encontrar pessoas que têm os mesmos ideais; que gostem das mesmas coisas que eu; que se revoltem com as coisas com que me revolto; que se recusem a ouvir as mesmas músicas banais, de baixa qualidade; que deixem de bater palmas ao ridículo, ao mau-gosto, ao fácil... Recuso-me a aceitar o medíocre, a pactuar com o "deixa-andar", a aceitar o que não presta apenas porque todos os demais o aceitam. 

Vivo de paixões e dou-me por inteiro. Saio ferida. Sempre.

É tão estranho! Vivo numa cidade do Interior do país. Será por isso? Serão as gentes diferentes? Serei eu a "estranha"? 

Oiço as notícias, leio-as nos jornais online e fico atónita com as indecisões, com as decisões que são tomadas e depois "destomadas", logo em seguida. "Arrependi-me", dizem; "Votei neste mas, foi sem querer. Nunca pensei que ganhasse. Temos que ir a votos outra vez!" Mas estão todos parvos?! Um tipo que deixa o pai e a tia, ambos idosos e doentes, morrer à fome e ao abandono e é absolvido em tribunal. Um governo que descobre a pólvora, reinventando uma espécie de "Área Projecto", mas sem horas lectivas nem pares pedagógicos. Pais que desejam que os filhos passem mais e mais tempo na escola, bem longe da sua vista. Mas estará tudo louco?!

Assisto a espectáculos ridículos, com pretensos artistas de renome (ou nem por isso) que só estragam o conceito de Música e o público bate palmas, em pé. Mas o que se passa?!

Quando digo "não vou por aí", respondem-me "mas todos os outros vão!"... QUERO LÁ SABER!!!

Olho à minha volta e sinto-me uma ET, não me revejo em ninguém, não vislumbro um lampejo de sinceridade, coerência, atitude... Não encontro ninguém com "eles" no sítio. Estarei no tempo errado, no local errado? Ou estarei eu completamente errada e o melhor é mesmo seguir a fila que segue à minha frente, com todos os indivíduos de cabeça baixa e obedientes? 

Às vezes sonho que falta pouco para eu própria dizer "ET phone home" e que, nessa altura, alguém virá para me levar deste Planeta.

(*suspiro)




sexta-feira, junho 10, 2016

Bolo VEGAN de cenoura e chocolate

Garanto-vos que é delicioso! Deixo-vos a receita.

Massa
1 cháv. bem cheia de cenoura picada miúda
1 e 1/4 de cháv. de leite vegetal (usei de amêndoa)
1 c. sopa de semente de linhaça (usei substituto de ovo)
4 c. sopa de óleo vegetal
1 cháv. de açúcar mascavado
sumo de 1/2 limão
2 cháv. de farinha de trigo
1 c. sopa de fermento em pó
Calda
1/4 cháv. de leite vegetal
4 c. sopa de cacau em pó
2 c. sopa de açúcar


Preparação


Bata na liquidificadora a cenoura, o leite vegetal, a linhaça, o óleo, o sumo de limão e o açúcar até ficar homogéneo. Num recipiente, misture a farinha com o fermento em pó. Despeje o líquido sobre os ingredientes secos e misture bem. Leve a cozer em forma pequena, untada e enfarinhada; a 200º, por cerca de 35 minutos.

Para a calda: misture bem todos os ingredientes e leve ao fogão, mexendo e deixando ferver em fogo baixo por alguns minutos até engrossar. Despeje sobre o bolo depois de retirado da forma.

domingo, maio 01, 2016

À minha mãe...

Pequeno Poema

Quando eu nasci, 
ficou tudo como estava. 

Nem homens cortaram veias, 
nem o Sol escureceu, 
nem houve estrelas a mais... 
Somente, 
esquecida das dores, 
a minha Mãe sorriu e agradeceu. 

Quando eu nasci, 
não houve nada de novo 
senão eu. 

As nuvens não se espantaram, 
não enlouqueceu ninguém... 

Pra que o dia fosse enorme, 
bastava 
toda a ternura que olhava 
nos olhos de minha Mãe... 

Sebastião da Gama, in 'Antologia Poética' 

quinta-feira, abril 14, 2016

O que é isso de ARTE

When artists make art, they shouldn't question whether it is permissible to do one thing or another.

Sol LeWitt (
Um dos principais protagonistas da arte minimalista)

Deixo aqui as palavras de Valter Hugo Mãe

Os Professores (Valter Hugo Mãe)
Achei por muito tempo que ia ser professor. Tinha pensado em livros a vida inteira, era-me imperiosa a dedicação a aprender e não guardava dúvidas acerca da importância de ensinar. Lembrava-me de alguns professores como se fossem família ou amores proibidos. Tive uma professora tão bonita e simpática que me serviu de padrão de felicidade absoluta ao menos entre os meus treze e os quinze anos de idade.
A escola, como mundo completo, podia ser esse lugar perfeito de liberdade intelectual, de liberdade superior, onde cada indivíduo se vota a encontrar o seu mais genuíno, honesto, caminho. Os professores são quem ainda pode, por delicado e precioso ofício, tornar-se o caminho das pedras na porcaria do mundo em que o mundo se tem vindo a tornar.
Nunca tive exatamente de ensinar ninguém. Orientei uns cursos breves, a muito custo, e tento explicar umas clarividências ao cão que tenho há umas semanas. Sinto-me sempre mais afetivo do que efetivo na passagem do testemunho. Quero muito que o Freud, o meu cão, entenda que estabeleço regras para que tenhamos uma vida melhor, mas não suporto a tristeza dele quando lhe ralho ou o fecho meia hora na marquise. Sei perfeitamente que não tenho pedagogia, não estudei didática, não sou senão um tipo intuitivo e atabalhoado. Mas sei, e disso não tenho dúvida, que há quem saiba transmitir conhecimentos e que transmitir conhecimentos é como criar de novo aquele que os recebe.
Os alunos nascem diante dos professores, uma e outra vez. Surgem de dentro de si mesmos a partir do entusiasmo e das palavras dos professores que os transformam em melhores versões. Quantas vezes me senti outro depois de uma aula brilhante. Punha-me a caminho de casa como se tivesses crescido um palmo inteiro durante cinquenta minutos. Como se fosse muito mais gente. Cheio de um orgulho comovido por haver tantos assuntos incríveis para se discutir e por merecer que alguém os discutisse comigo.
Houve um dia, numa aula de história do sétimo ano, em que falámos das estátuas da Roma antiga. Respondi à professora, uma gorduchinha toda contente e que me deixava contente também, que eram os olhos que induziam a sensação de vida às figuras de pedra. A senhora regozijou. Disse que eu estava muito certo. Iluminei-me todo, não por ter sido o mais rápido a descortinar aquela solução, mas porque tínhamos visto imagens das estátuas mais deslumbrantes do mundo e eu estava esmagado de beleza. Quando me elogiou a resposta, a minha professora contente apenas me premiou a maravilha que era, na verdade, a capacidade de induzir maravilha que ela própria tinha. Estávamos, naquela sala de aula, ao menos nós os dois, felizes. Profundamente felizes.
Talvez estas coisas só tenham uma importância nostálgica do tempo da meninice, mas é verdade que quando estive em Florença me doíam os olhos diante das estátuas que vira em reproduções no sétimo ano da escola. E o meu coração galopava como se tivesse a cumprir uma sedução antiga, um amor que começara muito antigamente, se não inteiramente criado por uma professora, sem dúvida que potenciado e acarinhado por uma professora. Todo o amor que nos oferecem ou potenciam é a mais preciosa dádiva possível.
Dá-me isto agora porque me ando a convencer de que temos um governo que odeia o seu próprio povo. E porque me parece que perseguir e tomar os professores como má gente é destruir a nossa própria casa. Os professores são extensões óbvias dos pais, dos encarregados pela educação de algum miúdo, e massacrá-los é como pedir que não sejam capazes de cuidar da maravilha que é a meninice dos nossos miúdos, que é pior do que nos arrancarem telhas da casa, é pior do que perder a casa, é pior do que comer apenas sopa todos os dias.
Estragar os nossos miúdos é o fim do mundo. Estragar os professores, e as escolas, que são fundamentais para melhorarem os nossos miúdos, é o fim do mundo. Nas escolas reside a esperança toda de que, um dia, o mundo seja um condomínio de gente bem formada, apaziguada com a sua condição mortal mas esforçada para se transcender no alcance da felicidade. E a felicidade, disso já sabemos todos, não é individual. É obrigatoriamente uma conquista para um coletivo. Porque sozinhos por natureza andam os destituídos de afeto.
As escolas não podem ser transformadas em lugares de guerra. Os professores não podem ser reduzidos a burocratas e não são elásticos. Não é indiferente ensinar vinte ou trinta pessoas ao mesmo tempo. Os alunos não podem abdicar da maravilha nem do entusiasmo do conhecimento. E um país que forma os seus cidadãos e depois os exporta sem piedade e por qualquer preço é um país que enlouqueceu. Um país que não se ocupa com a delicada tarefa de educar, não serve para nada. Está a suicidar-se. Odeia e odeia-se.
Autobiografia Imaginária | Valter Hugo Mãe | JL Jornal de Letras, Artes e Ideias | Ano XXII | Nº 1095 | 19 de Setembro de 2012