A iniciativa da SIC A Nossa Terra Quer destina-se a contribuir para a concretização de projectos que correspondam a aspirações e necessidades das populações locais. Os projectos, que podem ser de âmbito social, cultural ou desportivo, foram apresentados por colectividades ou grupos de cidadãos. Os projectos foram pré-seleccionados por um júri que escolheu três por distrito. Depois de apresentados em reportagens na SIC, estes projectos estão sujeitos à votação do público que, através do telefone, elegerá os vencedores da iniciativa.
"Música no Centro de Portugal" da União Filarmónica Sertaginense
Este projecto tem como objectivo a adaptação do edifício da Filarmónica U.S. à criação de um Conservatório Regional de Música. O objectivo principal passa por dinamizar de forma mais evoluída o ensino musical, preenchendo uma lacuna da região, pois os jovens têm iniciação musical e depois não conseguem acompanhamento musical perto das suas residências aumentando os custos do rendimento familiar. Esta filarmónica tem 177 anos e tem crescido nos seus trabalhos e iniciativas junto da população.
Se quiserem ajudar votando neste projecto, poderão fazê-lo utilizando o número de telefone 760 206 003 (custo de 0,60€+IVA).
3 comentários:
A argumentação para a criação de um Conservatório na Sertã é um pouco estranha, pois referem a distância de 50/60 Km relativamente a escolas similares como excessiva.
Eu sou a favor da generalização do ensino artístico, com as melhores condições e qualidade, mas não me parece que seja sensato o surgimento de estruturas com o perfil de Conservatório em todo o lado. Há que garantir um bom preenchimento territorial, algo que já acontece, no caso da música.
Mas a argumentação dos 50/60 Km é realmente estranha, pois exactamente a cerca de 50 Km da Sertã, fica a cidade de Tomar com, pelo menos, duas escolas que correspondem a este perfil.
Acho muito meritória a aspiração de melhorar as condições de aprendizagem na Banda Sertaginense, só não me parece viável espalhar pelo país, como se fossem cogumelos, academias e conservatórios.
Como tenho um marido que nasceu e viveu na Sertã, compreendo perfeitamente as aspirações desta população. Para poder estudar música com qualidade, o João tinha de se deslocar várias vezes por semana a Castelo Branco. Só o conseguiu porque, na altura, já conduzia (e eu estava cá, eh, eh, eh). Caso contrário, seria difícil ter mantido este ritual.
Hoje em dia a distância é menor (50/60 Kms). Mas dou-te como exemplo o horário da Bárbara (é claro que estou a ser malandra): só não vai ao CRCB às quintas-feiras e aos domingos ;)
Mas mesmo que conseguissem um horário em 2 dias... É preciso muita força de vontade para os jovens e seus pais, não te parece?
"Espalhar conservatórios como cogumelos", talvez não seja a melhor solução. Enfim...lá voltamos ao mesmo: é o preço da interioridade. Pois...
A quem o dizes, Armanda. Eu cheguei a vir de Portalegre 4 vezes por semana e ainda não havia IP2 ou A23.
Como em tudo, penso que tem que se encontrar um equilibrio. A interioridade pode ser, também, uma oportunidade. Tem é que haver visão e inteligência. Creio que em vez de uma competição disparatada e sem sentido, as escolas que existem deviam trabalhar em rede colaborativa permanente e creio que facilmente se construia algo único e poderoso.
Agora se cada um estiver a olhar só para o seu umbigo, não vai ser fácil para ninguém.
Mas, para finalizar, o que me surpreendeu foi a falta de lógica do argumento, pois ele falou objectivamente em não haver uma oferta naqueles 50 Km, quando há.
Uma boa semana!
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