quarta-feira, setembro 21, 2011
Vale a pena pensar nisto
"Um agricultor colecionava cavalos e só lhe faltava uma determinada raça. Um dia, descobriu que o seu vizinho tinha esse determinado cavalo e atazanou-o até conseguir comprá-lo. Um mês depois o cavalo adoeceu e ele chamou o veterinário:
- Bem, o seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante 3 dias, no terceiro dia eu retornarei e, caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo.
Ali perto, o porco escutava a conversa toda. No dia seguinte deram o medicamento e foram-se embora. O porco aproximou-se do cavalo e disse:
- Força amigo! Levanta-te daí, senão serás sacrificado!!!
No segundo dia, deram-lhe o medicamento e foram-se embora. O porco aproximou-se do cavalo e disse:
- Vamos lá amigo, levanta-te senão vais morrer! Vamos lá, eu ajudo-te a levantar... Upa! Um, dois, três.
No terceiro dia deram-lhe o medicamento e o veterinário disse:
- Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.
Quando se foram embora, o porco aproximou-se do cavalo e disse:
- É agora ou nunca, levanta-te depressa! Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar! Ótimo, vamos, um, dois, três, agora mais depressa, vá... Fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa!!! Tu venceste, Campeão!!!
Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo a correr no campo e gritou:
- Milagre!!! O cavalo melhorou! Isto merece uma festa... para comemorar, vamos matar o porco!!!
Reflexão: Isto acontece com frequência no ambiente de trabalho e na vida também. Dificilmente se percebe quem é o funcionário que tem o mérito pelo sucesso, por isso saber viver sem ser reconhecido é uma arte; procure ser uma pessoa de valor em vez de uma pessoa de sucesso."
segunda-feira, janeiro 26, 2009
terça-feira, janeiro 20, 2009
Editorial do jornal Ensino Magazine de Dez 2008
Avaliar professores é fácil?
Não! A avaliação de professores não é uma tarefa simples. Que o digam os supervisores que, durante décadas, promoveram a formação inicial e permanente dos nossos docentes. Para avaliar professores requerem-se características pessoais e profissionais especiais, para além de uma formação especializada e de centenas de horas de treino, dedicadas à observação de classes e ao registo e interpretação dos incidentes críticos aí prognosticados.
Cuidado com as ratoeiras! Quem foi preparado para avaliar alunos não está, apenas pelo exercício dessa função, automaticamente preparado para avaliar os seus colegas…
A avaliação de professores é uma tarefa complexa. Desde logo, requer um perfil específico do avaliador. Ou seja, nem todos os professores reúnem as condições para avaliarem. O avaliador terá que ser uma pessoa com conhecimentos especializados, com enorme sensibilidade, com capacidade analítica e de comunicação empática, com experiência de ensino e elevada responsabilidade social. Terá que ser um profissional que sabe prestar atenção, sabe escutar, sabe clarificar, sabe encorajar e ajudar a encontrar soluções, sabe dar opiniões, e que sabe ainda negociar, orientar, estabelecer critérios e assumir todo o risco das consequências da sua acção.
É necessário que domine com rigor as técnicas de registo e de observação de aulas, conheça as metodologias de treino de competências, os procedimentos de planeamento curricular, e as estratégias de promoção da reflexão crítica sobre o trabalho efectuado.
Escolher um avaliador obriga a uma selecção aturada, fundamentada, baseada em critérios de indiscutível mérito e, depois, a uma demorada formação específica e especializada. Para que uma avaliação tenha consequências, o avaliado não pode ter quaisquer dúvidas sobre o mérito do avaliador.
Avaliar é uma tarefa periscópica. O avaliador é chamado a pronunciar-se sobre inúmeros domínios sobre os quais se reflecte o pluridimensional acto de ensinar. Quando avalia, olha o professor sobre variadíssimos ângulos e prismas: aprecia o professor enquanto pessoa, como membro de uma comunidade profissional, como técnico qualificado na arte de ensinar e como especialista das matérias que ensina.
Por outras palavras o avaliador avalia o professor em vertentes tão diferenciadas quanto o são o seu ser, o seu saber e o seu saber fazer. Logo, o avaliador tem que estar atento a um grande número de variáveis que intervêm na função docente: variáveis de produto, de processo, de presságio, de carácter pessoal e profissional…
O avaliador recolhe elementos que permitam avaliar, e depois classificar, o professor enquanto tenta responder às seguintes questões: Onde ensina? O que é que ele ensina? Como é que ensina? O que aprendem os seus alunos? Como se auto avalia? Que capacidade tem para reformular a sua actuação? Com que profundidade domina as matérias que pretende ensinar?
O avaliador não trabalha com o professor apenas na sala de aula. Ele tem que apreender o modo como o professor se envolve com os seus alunos numa situação de classe, mas também como este se implica junto da comunidade escolar e na sociedade que envolve a escola. Porque trabalha com ele como profissional, mas também enquanto pessoa.
Formar um avaliador leva tempo, elevadas doses de paciência, muito treino e conhecimento especializado. A escolha de um avaliador não pode ser casual e, sobretudo, não pode depender de critérios político administrativos.
Porquê? Porque o avaliador tem que saber verificar não só o que os professores fazem, mas também como o fazem e, simultaneamente, garantir a melhoria da qualidade da sua intervenção na sala de aula, bem como a qualidade do produto, isto é, da aprendizagem dos alunos.
Por isso mesmo a avaliação de um professor não pode ser uma actividade episódica, pontual e descontinuada. A avaliação de um professor requer uma actividade continuada, porque importam mais as actividades de reformulação que venham a ser consideradas do que o simples diagnóstico da sua actual situação. A avaliação de um professor é então uma actividade projectada no futuro.
Avaliar um professor é, pois, dizíamos, uma tarefa muito, mesmo muito complexa. Simples, muito simples mesmo, é avaliar um ministro que pensa ser possível reduzir a avaliação dum professor a uma mera empreitada administrativa, compilada em duas páginas de panegíricos ou de recriminações.
ruivo@rvj.pt
quinta-feira, janeiro 15, 2009
domingo, janeiro 11, 2009
Lídia Jorge, no "PÚBLICO" de 09.01.2009
quarta-feira, janeiro 07, 2009
quinta-feira, dezembro 11, 2008
segunda-feira, dezembro 08, 2008
Um olhar diferente...
quinta-feira, dezembro 04, 2008
terça-feira, dezembro 02, 2008
domingo, outubro 26, 2008
sábado, outubro 18, 2008
E se outras profissões usassem este modelo de avaliação?

segunda-feira, abril 14, 2008
sábado, abril 05, 2008
terça-feira, abril 01, 2008
Uma questão bem pertinente...
- Perguntemos aos pais de hoje se conseguem manter os vossos filhos quietos sentados à mesma mesa a conversar?
- Quanto tempo dura o vosso jantar lá em casa? No meu tempo era a hora sagrada em que estávamos com os nossos pais a conversar à mesa. São os vossos próprios filhos – devem conhecer-lhes os interesses, caramba!
- Quanto tempo conseguem estar à conversa com eles, ou a ensinar-lhes qualquer coisa? Nem que seja só as boas maneiras?
- Quanto tempo conseguem prender a atenção dos vossos filhos adolescentes?"
Podem ler todo o texto aqui.
terça-feira, março 25, 2008
Hoje de manhã ouvi uns excertos do Fórum TSF
segunda-feira, março 24, 2008
Esquema da avaliação dos professores

domingo, março 23, 2008
O que em média um professor do 2º ou 3º ciclos faz durante um ano lectivo:
"Com base no meu "estudo" pessoal_Lurdes Paraíso
Lecciono 6 turmas em Educação Visual, no total de 117 alunos
Lecciono 1 turma em Formação Cívica, de 19 alunos
Lecciono 1 turma em Área Projecto, de 23 alunos
Lecciono Aulas de Complemento Curricular no 1.º ciclo, no Clube de Artes, do 1.º ao 4.º ano, no total de 21 alunos
Lecciono o Clube de Jornalismo, no total de 13 alunos
Logo trabalho em contextos específicos com 193 alunos
A
Documentação/papeis criados, preenchidos e tratados:
1- Início do ano: Planificações (1 pág. por turma/disciplina/área = total de 10 págs.); Critérios de Avaliação/correcção (1 pág. por turma/disciplina/área = total de 10 págs.); Descriminação de competências a atingir (1 pág. por turma/disciplina/área = total de 10 págs.); articulações interdisciplinares (1 pág. por turma = total de 6 págs.); (...)
.
são fotocopiadas (1 exemplar para o dossier de Directores de Turma, no Plano Curricular de Turma, 1 ex. para o Conselho Executivo, anexo à acta, 1 ex. para os nossos registos pessoais, 1 ex. para o dossier de Departamento ...)
Logo, num total de 36 páginas (120 fotocópias)
Se temos alunos com "NEE", serão mais 4 páginas de documentação, fotocopiadas em triplicado, logo 12 págs.)
Ficam de fora, testes diagnósticos (117 fotocópias e 6 relatórios = 6 págs.)
2- a meio de cada período (Avaliações Intercalares): registo de avaliações intercalares (1 pág. por turma/disciplina = total de 8 págs.) (...)
Logo 3 períodos, num ano lectivo, no total de 24 págs.)
3- Final de período: fichas de avaliação (1 pág. por aluno = total de 193 págs. Fotocopiadas em duplicado); ficha de avaliação de Formação Cívica, Área Projecto, Clube de Jornalismo, Educação para a saúde, Clube de Artes (1.º ciclo) (1 pág. por disciplina/área = total de 5 págs.)
Logo, num total de 198 págs. (394 fotocópias)
Logo, tendo 3 períodos lectivos, dá um total de 594 págs. (1182 fotocópias)
4- Sou Directora de Turma: início do ano: Plano Curricular de Turma (25 págs., fotocopias: 1 ex. para dossier de Direcção de Turma, 1 ex. para o Conselho Executivo); Planos de Recuperação (este ano tive 6 alunos com) (cada plano 4 págs., logo 24 págs., fotocopiadas duplicado); registo de faltas (10 disciplinas, registadas em fichas e depois no sistema informático); preenchimento das fichas de avaliação (total de 19 páginas); (…)
Logo, num total de 78 págs. (98 fotocópias)
5- No último período, ainda relatórios de avaliação: para Formação Cívica (1 pág.); para Área Projecto (1 pág.); para Clube de jornalismo (1 pág.); como Directora de turma: para avaliação da turma (2 págs.); para Planos de Acompanhamento (1 pág.); para Retenção (1 pág. por aluno, depende das retenções); para Retenção Repetida (3 pág. por aluno, depende das retenções repetidas); para Planos de Recuperação (1 pág. por aluno, vou fazer 6, porque tenho 6 alunos em Planos = 6 págs.); para Director de Turma, sobre o meu trabalho desenvolvido (média 3 págs.); para o Clube (1 pág.); para o 1.º Ciclo (1 pág.); (…)
Logo, num total no mínimo de 22 págs. (44 fotocopias)
Como compreenderá, deve estar a escapar-me alguma coisa, ou haver aqui alguma margem de erro,
Em resumo (ao longo dum ano lectivo):
a) Trabalho com…_193 alunos
b) Posso criar, analisar, preencher, ("passam-me pelas mãos") … _758 páginas (papel)
c) Estão envolvidos aproximadamente… _1 456 fotocópias/PB
d) Faço em média… _17 367 registos (mão livre/informatizados) em documentos oficiais
(explico a seguir) Nas fichas de avaliação dos alunos (1 por aluno = 193 alunos) são registados dados (cruzes, abreviaturas de menções qualitativas, etc.):
Educação Visual_7 dados/aluno x 117 alunos x 6 turmas x 3 períodos = 14742 registos;
Formação Cívica_7 dados/aluno x 19 alunos x 3 períodos = 399 registos;
Área Projecto _5 dados/aluno x 23 alunos x 3 períodos = 345 registos;
Como Directora de Turma (preencher dados como: nome, números, faltas, cruzes de avaliação global, cruzes de recomendações ao encarregado de educação) = aproximadamente: 33 dados/aluno x 19 alunos x 3 períodos = 1881 registos
e) Somando os registos oficiais com os pessoais (alínea a + e), dá…_30 003 registos totais
(explico a seguir) Se considerar os dados que manipulo antes de os introduzir nos documentos oficiais, então será só na disciplina de Educação Visual, o seguinte:
3 Trabalhos (média) por período x 12 registos (12 critérios de avaliação/correcção em Excel) x 3 períodos x 117 alunos (em Educação Visual) = 12636 registos pessoais
B
Reuniões ao longo do ano lectivo: 91 reuniões
a) Conselhos de Turma:
1 Setembro + 1 início ano lectivo (após as aulas começarem) + 1 fins de Setembro
+ 1 Intercalar do 1.º período + 1 final do 1.º período (avaliação) + 1 intercalar do 2.º período + 1 final do 2.º período (avaliação) + 1 intercalar do 3.º período + 1 final do 3.º período (avaliação) x 6 turmas = total de 54 reuniões
b) Encarregados de Educação, porque sou também Directora de Turma:
1 Início aulas + fim 1.º período + fim 2.º período + fim do 3.º período x 1 turma = total de 4 reuniões
(fora as reuniões que vou tendo com Encarregados de Educação nas horas de atendimento e a título individual)
c) Outras reuniões:
Reunião Geral (2 reuniões/ano) + Conselho de Directores de Turma (10 reuniões/ano) + Áreas Curriculares não Disciplinares (3 reuniões/ano) + Clubes e Projectos (3 reuniões/ano) + Departamento (11 reuniões/ano) + reuniões diversas, tipo preparar actividades extra-curriculares (média 4 reuniões/ano) = total de 33 reuniões
C
Outros indicadores, que "não têm papel", nem convocatórias:
- Ensino Educação Visual, sou "psicóloga", "mãe/pai", procuro resolver problemas de indisciplina, de zangas, de "guerras e guerrinhas", ouço desabafos, confidências, avalio e envio relatórios para Segurança Social, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, quando é necessário; _nota: trabalho com adolescentes
- Atendo Pais e Encarregados de Educação, articulo com eles, mas não recebo outros Pais ou Encarregados de Educação de que tanto preciso, porque não querem, ou, não podem vir à escola; - Participo na organização, colaboração de actividades extra-curriculares, tipo: Festa de Natal, Carnaval, Páscoa, "Feira de Maio", Encerramento Ano Lectivo, (…);
- Faço a paginação do jornal da escola (28 págs. /jornal x 3 períodos = 84 págs.)
- (Fazendo uma média de dois trabalhos por período na minha disciplina), observo e acompanho: 117 alunos x 2 trabalhos/média/período x 3 períodos =702 trabalhos práticos.
- (…)"