Eça, mais uma vez (já antes o havia feito em O Crime do Padre Amaro), aproveita a sua escrita para criticar os podres da burguesia no século XIX (não muito diferente nos tempos modernos, aliás...). As personagens de O Primo Basílio podem ser consideradas o protótipo da futilidade, da ociosidade daquela sociedade. O espaço é Lisboa, a casa de Luísa e de Jorge, o Paraíso, o Alentejo, embora esses dois últimos lugares não sejam mostrados pelo narrador, apenas referidos. (...) Paris é o cenário que devolve Basílio a Luísa, trazendo a alegria e a novidade de uma vida de prazeres e aventuras.
Pois bem, há quem se delicie a ler este autor português e há quem se delicie a desenhar a sua obra. O meu irmão mais velho, amante da pintura e do desenho desde que o conheço, resolveu juntar os seus dois prazeres (leitura e desenho) e iniciar um novo projecto: adaptar O Primo Basílio para banda desenhada.
Confesso que estou a adorar! Partilho, para já, a primeira página...
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