Meus amigos, desculpem o tamanho do texto que transcrevo do jornal Reconquista desta semana mas, como devem compreender as mães são assim, babosas... ;-)
"Da Noruega ao Alentejo
A música de Carolina
Chama-se Carolina Patrício, é aluna do Conservatório Regional de Castelo Branco, e é já uma das promissoras intérpretes nacionais de flauta. Depois do terceiro lugar na Coupe Mondiale de acordeão (com o duo Flubayan) foi uma das finalistas do Concurso da Cidade de Beja. Entretanto aguarda pela chamada à Orquestra de Jovens da União Europeia, para a qual prestou provas.
Depois de ter obtido o terceiro lugar na Coupe Mondiale de Acordeão, na Noruega, com o Duo Flubayan (que forma com Carisa Marcelino), Carolina Patrício, de 16 anos, aluna do 7º grau no Conservatório Regional de Castelo Branco, voltou a brilhar. Enquanto aguarda por um lugar na Orquestra de Jovens da União Europeia (para a qual já prestou provas), em Março foi uma dos cinco finalistas do 1º Concurso de Flauta da Cidade de Beja. Uma iniciativa promovida pelo Conservatório local e que contou com a participação dos melhores intérpretes daquele instrumento. Carolina Ribeiro Patrício participou no escalão mais exigente (dos 16 aos 18 anos) e foi a única aluna do ensino secundário, já que todos os outros frequentam cursos superiores. O júri da prova foi composto por nomes sonantes na área da flauta como os docentes Ana Maria Ribeiro, Sílvia Sobral, Olavo Barros e Vasco Gouveia e decidiu apenas atribuir o primeiro lugar, ficando todos os restantes quatro finalistas na segunda posição. “O meu objectivo não era ganhar, mas sim participar. Até porque sabia que ia encontrar participantes que estudam há mais tempo do que eu, inclusivamente frequentam o ensino superior. Assim, foi uma alegria ter passado à final. Quero continuar a trabalhar de forma a poder participar em próximas edições”, começa por explicar Carolina Patrício. A jovem albicastrense recorda que “o Concurso de Beja foi de um grau de exigência elevado, não só pela escolha da peça obrigatória, que é de difícil interpretação, mas também pelo facto de só terem atribuído o 1º lugar, na nossa categoria. Houve, inclusive, uma categoria em que esse prémio não foi atribuído. Mas penso que este nível de exigência é necessário, para que a qualidade do Concurso se mantenha a um bom nível”, explica. Na prova do Alentejo, Carolina Patrício interpretou, “nas eliminatórias, o 1º andamento da First Sonata, de Martinu, o 1º andamento da Sonata La Flûte de Pan, de Mouquet e o 2º andamento da Sonata para flauta e piano de Poulenc (andamento obrigatório). Na final interpretei a Sonata para flauta e piano de Hindemith”. Obras que exigiram muito trabalho de casa. “Preparei a peça obrigatória para o concurso e tive que escolher e trabalhar uma peça de século XX. Para além deste trabalho específico, a minha ida a este concurso é o resultado do trabalho que faço diariamente. Estudo à volta de 15 horas semanais, durante o tempo de aulas. Quando estou em férias escolares, procuro que esse tempo seja alargado, nomeadamente com a participação em Masterclasses. Todo este trabalho tem a orientação da professora Rita Malão, minha professora desde que iniciei o estudo da Flauta transversal”, sublinha.
Apesar dos seus 16 anos, Carolina Patrício já decidiu aquilo que quer fazer no futuro. Nos estudos, a música será uma prioridade. “Quero seguir o curso superior de Flauta transversal. Inclusivamente, frequento o Curso Complementar de Música em regime articulado. A escolha de um futuro ligado à música já está feita há muito tempo. E não penso ficar pela licenciatura. Quero mais! Aliás, um bom músico estuda a vida inteira”, frisa. Para já, e enquanto o ensino superior não surge na sua vida académica, a aluna do Conservatório garante participar em mais iniciativas do género. “Este ano, já prestei provas para ingressar na Orquestra de Jovens da União Europeia, prestei também provas e fui seleccionada para participar na Orquestra dos Templários (que decorrerá em Agosto próximo) e frequentei uma Masterclass de Flauta transversal em Montalvo”, diz, para depois acrescentar: “em Fevereiro participei ainda no "Folefest" com o duo Flubayan (duo que mantenho com a acordeonista Carisa Marcelino), onde obtivemos o 2º lugar. Também com este duo, ganhámos o 3º lugar na última Coupe Mondiale de Acordeão, que se realizou na Noruega. Falo do duo porque, neste momento, estou motivada para participar em iniciativas tanto a solo como a música de câmara. Procuro é que cada participação contribua para me enriquecer musicalmente.”
Autor: João Carrega 19-04-2007
Tenho, ou não, motivos para estar orgulhosa?
6 comentários:
Absolutamente. Muitas felicidades para a Carolina. Espero que ela seja feliz e que mantenha aquele sorriso que eu lhe conheço.
Obrigada, Carlos. És um querido!
Parabéns Carol!Continua assim com essa força de vencer!Bjis Carisa
A força também se consegue com o apoio dos amigos... Obrig...(Ophs!...) Ía agradecer mas, segundo ouvi no outro dia, a amizade não se agradece...retribui-se.
Assim farei! Bjis Carisa
Muitos parabens pelo sucesso obtido..sei que ja e bastante tardio mas mesmo assim decidi comentar. eu participei nesse concurso de Beja concurso na categoria dos 16-18 anos. Contudo neste artigo encontra-se um erro bastante grande. nesse ano não havia nenhum aluno de escolas superiores. Aliás alguns dos que participamos na final tavam no máximo no 12º. provavelmente queria referir-se a escolas profissionais. aí tinham pelo menos 2 da qual eu fazia parte (profissional de Espinho).
mais uma vez muitos parabens pelos premios obtidos.
cumprimentos flaustisticos!
Olá Tiago. Obrigada pelo comentário neste blogue e parabéns pela tua classificação no concurso de Beja. É de bons músicos que este país precisa :)
Quanto ao "erro bastante grande" por ti apontado, não me parece que seja assim tão grande. Vejamos: tinham todos terminado o 12ºano (em Escolas Profissionais) ou o 8º grau do Conservatório, estando a matricular-se no 1º ano do ensino superior. Não é verdade? Pois a Carolina havia terminado o 7ºgrau, estando a matricular-se no 8º, não tendo terminado sequer o curso complementar. Todos sabemos o que um ano de trabalho pode fazer a um aluno... ;) Aliás, notei bem a diferença da minha filha na forma como tocou em Beja e como tocou este ano no Prémio Jovens Músicos. 12 meses de trabalho árduo e o resultado aparece!
Enviar um comentário