Não posso deixar de me revoltar com estas barbáries...
No Correio da Manhã de 2007-06-07
"Aveiro : Dada como apta para o serviço. Professora com leucemia morre à espera da reforma. Uma professora da Escola Básica 2/3 de Cacia, em Aveiro, a quem há pouco mais de um ano tinha sido diagnosticada uma leucemia, morreu no passado sábado, sem que a aposentação, pela qual batalhara, tivesse sido oficialmente decretada. Manuela Estanqueiro, de 63 anos, tinha sido notícia no CM em Fevereiro, quando a Caixa Geral de Aposentações (CGA) a obrigou a regressar ao trabalho, sob pena de perder o vencimento. Segundo a filha, "os 31 dias de serviço foram um verdadeiro inferno”, com desmaios e vómitos diários e o agravamento do seu estado de saúde. De tal forma a professora se ressentiu da ordem que lhe foi dada pela CGA que, menos de 15 dias depois, deu entrada nos Hospitais da Universidade de Coimbra e não voltou a ter alta médica."
Parece um filme de terror, lá bem longe, nas películas esquecidas dos anos antes da revolução dos cravos. Socorro! Este é o meu país?!
Tirem-me deste filme!
2 comentários:
Só há pouco tempo li esta notícia num blog que visito, mas não comento (só tenho deixado comentários aqui e no "tempo de teia")... A notícia tocou-me imenso porque, infelizmente, tenho acompanhado algumas pessoas que contrairam diversas neoplasias, umas bem sucedidas, outras, não.
Imagino o que será trabalhar nas condições desta colega... Não dá para acreditar! Não dá.
Vou usar este post e encaminhá-lo, via email, para as colegas da escola e para os meus amigos, com os respectivos créditos, pois claro!
Deixo ficar o silêncio.
Olá Margarida. Nem sabes o miminho que senti ao ler que este é um dos dois blogs onde comentas. Sinto-me lisonjeada... Uhhhmmm!!!
Também eu conheci a notícia através de um blog e nem soube se acreditar. Não foi preciso procurar muito para encontrar a confirmação. Nestas alturas questiono-me sobre quem são estes senhores que decidem, que brincam com as nossas vidas, que têm poderes para não nos permitir viver, com dignidade, os últimos dias. Até sinto arrepios...
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