Na próxima segunda-feira dia 25 de Junho, convido-vos a assistir ao Espectáculo de Final de Ano do Conservatório Regional de Castelo Branco. Claro que se prevê um bom concerto, pois terá um conjunto de músicos de destaque: as orquestra de sopros e de cordas (com reforços de alunos da ESART) e os coros do Conservatório, dirigidos pelo maestro Paulo Videira.
No entanto, este meu convite reveste-se de uma importância maior: este espectáculo será uma Homenagem à Directora Pedagógica Fundadora da Instituição, D. Maria do Carmo Gomes.
«O Conservatório Regional de Castelo Branco iniciou actividades em 1974, ano revolucionário. Maria do Carmo Gomes é o nome da grande impulsionadora desta instituição cultural e de ensino musical. Uma professora de música que foi convidada a leccionar neste estabelecimento, conseguindo, com um piano apenas, proceder à criação de uma escola de música, formando-se uma associação de pais de alunos, que inicialmente eram cerca de 30 e evoluíram para mais de 100. “Era uma coisa nova na cidade e notava-se uma maior disponibilidade das pessoas, uma grande disponibilidade de envolvimento associativo para criar esta escola”, relembra Paula Ventura.» Pode ler-se no jornal online "Primeiro de Janeiro" do dia 4 de Junho de 2007.
Durante a sua direcção, foram professores no Conservatório músicos como Manuel Teixeira (violino), António Oliveira e Silva (violeta), Luísa Vasconcelos (violoncelo), Christopher Bochmann (composição), António Saiote (clarinete), entre outros. Garanto-vos, por experiência própria, que foram anos de muita dedicação, trabalho e felicidade.
O espectáculo é no Cine-Teatro Avenida de Castelo Branco, pelas 21.30h. (Aconselha-se a reserva de lugares, apesar de a entrada ser livre.)
8 comentários:
Se bem me lembro, e se não estou a confundir, essa D. Maria do Carmo Gomes foi minha professora de Formação Musical, há muitos anos na Escola de Música do Porto.
Sei que ela vinha de Castelo Branco...
Penso que é mesmo ela. Sei que deu aulas no Porto...
Uma vez que o edifício do conservatório vai ser totalmente remodelado (na última sexta-feira, numa audição, caiu parte do palco) e, também tendo em conta a idade da D. Maria do Carmo, a actual direcção considerou ser esta a melhor altura para a homenagear.
Encontro-me com ela com alguma frequência (temos amigos comuns) e considero-a bem mais actualizada na maneira de pensar, que muitos jovens que conheço. Esta Senhora não envelhece! E, por incrível que pareça, sou colega, na ESART, do seu marido. Enfim, outro "jovem". Que casal!
Caro Paulo, foi a D. Maria do Carmo Gomes concerteza. E arrisco que tens boas memórias.
Armanda, todas as homenagens que se fizerem em Castelo Branco, a essa senhora serão poucas. Ela merecia o diploma de mérito cultural atribuido pelo Governo Civil recentemente a um antigo aluno dela. Na minha opinião, foi a partir do trabalho que a D. Maria do Carmo fez, que surgiu o Conservatório de Portalegre, a Academia do Fundão, a escola de música em Belmonte e, até, a EPABI. Falamos, pois, de uma rede de escolas, numa linha com mais de cem km. Creio que não será exagerado dizer que a própria ESART só fez sentido porque havia um trabalho muito consistente no Conservatório, fruto da exigência, dedicação e visão da D. Maria do Carmo.
Fazes bem em lembrar os professores que por aqui passaram, autênticos exemplos de excelência.
Bem, fico envergonhada de não ter conhecimento da obra que a D. Maria do Carmo deixou por Castelo Branco... Mas ainda bem que o blog da Armanda e o Semedo me fizeram o favor de elucidar! Assim fico mais contente em participar na homenagem que vai ocorrer hoje à noite no Cine-Teatro! Não faltem! (E mais uma vez sr. professor Paulo Bastos fico abismada com a sua memória!?!)
Foi ao colo dessa senhora que fiz a minha prova de entrada para estudar no Conservatório Regional de Castelo Branco. Muito carinho sempre recebi, e alguns puxões de orelhas, dessa senhora a quem devo ser hoje quem sou...
Muito a D. Maria do Carmo falou ao meu pai que me levasse, nem que fosse só para fazer uns testes. Seria por me ouvir cantar nos ensaios do Orfeão, enquanto esperava pelo meu pai? Mas só tinha 6 anos. Lá teria as suas sábias razões.
Muito lhe devo e sempre deverei, tal a todos os professores que levaram em braços até onde hoje estou. Não os posso enumerar pois uma só falta por esquecimento seria por demais gravosa. Só abro uma excepçãono caso de António de Oliveira e Silva, mas quem se lembrar de mim encontrará razão suficiente nesta minha escapadela à regra.
Ponho hoje este comentário de S. Paulo (Brasil) por aqui estar numa tournée musical com uma artista nacional de renome.
Mas se aqui estou à D. Maria do Carmo em especial, mas o todos nesse conservatório o devo!
Beijos de um "filho da casa"
Ricardo Mateus
Não tens nada que te envergonhar, Ana. Nós é que deviamos falar mais vezes sobre a nossa "mãe". Brinco com esta palavra, pois ontem, a D. Maria do Carmo repetiu imensas vezes a palavra amor e referiu-se aos actuais alunos como seus netos. LINDO! Logo que possa, coloco aqui o video e fotos.
Ricardo, o nome do professor António de Oliveira e Silva é uma referência para TODOS os que estudaram no conservatório: para nós, que trabalhámos directamente com ele (e se trabalhámos!!!) e para os outros, pelo projecto que ficou. Obrigada por partilhares connosco estas tuas recordações.
O conservatório vai para obras, mas ficará para sempre imortalizado nos nossos corações, tal qual está: velho, a ranger, mas com vida, a transbordar Música...
Bjis para ti e sucesso aí no Brasil.
Pois é...
Sempre é a mesma senhora! Grande professora, sem dúvida.
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