Enquanto me dirigia para a escola, fui ouvindo falar sobre Bach, na Antena 2. Uma óptima companhia para a viagem!
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E ouvi algo que já sabia, mas a que não tinha dado a devida atenção: na época de Bach era vulgar os músicos se auto plagiarem. Também Bach o fez. O exemplo escolhido apurou-me os sentidos, uma vez que foi o Agnus Dei da Missa em Si menor.
Fiquei a saber que a música já tinha sido anteriormente utilizada no Oratório da Ascensão BWV 11, mais especificamente na ária "Ach bleibe doch, mein liebstes Leben", que encontrei aqui no nº15 e aqui, em pequenos excertos mas onde é possível observar a extrema semelhança entre ambas as obras. No Oratório a letra é diferente e representa a voz de Cristo:
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Ah, fica ainda, minha cara vida,
Ah, não fujas tão cedo de mim!
Tua partida e esta separação prematura
Causam-me o maior dos sofrimentos
Ah, fica então ainda aqui,
Se não estarei cercado de pesares.
(tradução daqui)
E parece que ambas nasceram de uma ideia inicial contida numa ária de uma cantata nupcial perdida (1725) ... Aquilo que nós aprendemos, hem?!
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