A festa de final de ano na minha escola, deve ter sido idêntica a tantas outras por esse país fora. Mas, nada como ver...
7 comentários:
Anónimo
disse...
Percebi a dica :)
Não quis de modo nenhum menosprezar o teu trabalho. É evidente que só por estes videos que aqui pões já dá para ver que tipo de trabalho se faz por aí infelizmente.
Sei o quanto é difícil trabalhar com crianças e percebi a tua ideia. Só que continuo a achar que não é por adicionar uma batida pré-fabricada de discoteca a uma sinfonia de Beethoven que as crianças no futuro irão ouvir esse tipo de música. Tem que haver outro caminho...
Ah, não! Antes que fique aqui um mal-entendido, devo dizer-te que estas imagens correspondem à festa organizada pelos alunos e para os alunos. Na minha escola existe a tradição de deixar a última manhã de aulas livre para a festa, que os próprios alunos do 6º ano organizam para si. A participação dos professores é de mero espectador (se assim o desejar). A festa de final de ano organizada por mim (única professora de EM) está patente nos posts dos dias 20 de Junho ("Espectáculo de final de ano") e 01 de Julho ("Saudades dos alunos") e aí é possível (espero)ver um tipo de actividade bem mais cuidada e de qualidade.
Ok percebi, desculpa a má interpretação. Assim, já faz sentido as imagens que vi. Pensei ao início que se trataria de outra escola e que estavas de algum modo a ironizar, desculpa mais uma vez.
Não me interpretes mal. Como já referi admiro o teu entusiasmo e leio o teu blog com interesse. Não sou prof. de EM, mas sim de piano no ensino vocacional e confesso que em menos anos de carreira já perdi grande parte do meu entusiasmo com que comecei a trabalhar... Penso que os prof. de EM do ensino regular têm um papel importantíssimo na formação geral das crianças e de alguma forma abrem as portas para despertar o interesse pelo ensino vocacional. São tipos de trabalho diferentes mas que se complementam, ou pelo menos deveriam. Se é que me faço entender...
Mesmo não concordando com o Beethoven parabéns pelo trabalho que mostras estar a realizar.
Sei que posso fazer muito mais do que faço mas, pelo menos, tento passar o meu gosto pela música a cada uma das "minhas" crianças. E sabes que, para não esmorecer esta minha paixão, procuro continuar em permanente actualização através de outras licenciaturas e participação em grupos de música de câmara.
A música que faço com os alunos, não me sacia... Então, busco noutros lados e essa minha procura permite ir trazendo lufadas de ar fresco às actividades que realizo com os alunos. E quando eu sinto prazer naquilo que faço, eles também o sentem!
Ah! (já me esquecia) E quase todos os anos lectivos algum dos meus alunos ingressa nalguma escola de música. Raros são os que escolhem o Conservatório, mas...
Quer queiramos, quer não, o Conservatório é uma escola cara e, nesta zona interior do país, muitos não podem suportar a sua mensalidade. Caso assim não fosse, estou convencida que haveria mais adesão por parte dos jovens.
Pois claro que é caro e quando os conservatórios são públicos não existem vagas suficientes. Este ano concorrem cerca de 600 crianças para ingressarem no conservatório do Porto para menos de 100 vagas - sujeitas a uma prova de aferição! Todos os anos este número é maior. As escolas particulares, ou fecham ou estão à beira da falência por falta de alunos. Que medidas toma o ministério quando apregoa que o ensino artístico deve ser democratizado? Elabora um relatório no qual prevê o aniquilamento do ensino suplectivo e articulado. Estará concerteza o Ministério a confundir os termos - ensino democrático/ensino elitista.
É que o ensino artístico que eles consideram importante democratizar não é este. Para o povo ficar contente, basta dar-lhes música no 1º ciclo (para saberem quando bater palmas...)E depois, para as orquestras, é continuar a trazer instrumentistas estrangeiros. Afinal, não é mais do que continuar a fazer o que se tem feito até agora. O que é estrangeiro é que é bom! :-(
Tenho duas filhas no ensino artístico em regime articulado. A uma delas falta-lhe só um ano para terminar o secundário. Em princípio não sofrerá ainda estas alterações. Mas, e a outra? Poderá também seguir música? Tenho bastante receio que estas alterações nos obriguem a mudar de cidade, em busca de um conservatório público. Porque no privado, será muito difícil...
7 comentários:
Percebi a dica :)
Não quis de modo nenhum menosprezar o teu trabalho. É evidente que só por estes videos que aqui pões já dá para ver que tipo de trabalho se faz por aí infelizmente.
Sei o quanto é difícil trabalhar com crianças e percebi a tua ideia. Só que continuo a achar que não é por adicionar uma batida pré-fabricada de discoteca a uma sinfonia de Beethoven que as crianças no futuro irão ouvir esse tipo de música. Tem que haver outro caminho...
Ah, não! Antes que fique aqui um mal-entendido, devo dizer-te que estas imagens correspondem à festa organizada pelos alunos e para os alunos. Na minha escola existe a tradição de deixar a última manhã de aulas livre para a festa, que os próprios alunos do 6º ano organizam para si. A participação dos professores é de mero espectador (se assim o desejar). A festa de final de ano organizada por mim (única professora de EM) está patente nos posts dos dias 20 de Junho ("Espectáculo de final de ano") e 01 de Julho ("Saudades dos alunos") e aí é possível (espero)ver um tipo de actividade bem mais cuidada e de qualidade.
Ok percebi, desculpa a má interpretação. Assim, já faz sentido as imagens que vi.
Pensei ao início que se trataria de outra escola e que estavas de algum modo a ironizar, desculpa mais uma vez.
Não me interpretes mal.
Como já referi admiro o teu entusiasmo e leio o teu blog com interesse. Não sou prof. de EM, mas sim de piano no ensino vocacional e confesso que em menos anos de carreira já perdi grande parte do meu entusiasmo com que comecei a trabalhar...
Penso que os prof. de EM do ensino regular têm um papel importantíssimo na formação geral das crianças e de alguma forma abrem as portas para despertar o interesse pelo ensino vocacional.
São tipos de trabalho diferentes mas que se complementam, ou pelo menos deveriam.
Se é que me faço entender...
Mesmo não concordando com o Beethoven parabéns pelo trabalho que mostras estar a realizar.
Obrigada Ana. Já estava a ficar triste ;-)
Sei que posso fazer muito mais do que faço mas, pelo menos, tento passar o meu gosto pela música a cada uma das "minhas" crianças. E sabes que, para não esmorecer esta minha paixão, procuro continuar em permanente actualização através de outras licenciaturas e participação em grupos de música de câmara.
A música que faço com os alunos, não me sacia... Então, busco noutros lados e essa minha procura permite ir trazendo lufadas de ar fresco às actividades que realizo com os alunos. E quando eu sinto prazer naquilo que faço, eles também o sentem!
Ah! (já me esquecia) E quase todos os anos lectivos algum dos meus alunos ingressa nalguma escola de música. Raros são os que escolhem o Conservatório, mas...
Quer queiramos, quer não, o Conservatório é uma escola cara e, nesta zona interior do país, muitos não podem suportar a sua mensalidade. Caso assim não fosse, estou convencida que haveria mais adesão por parte dos jovens.
Pois claro que é caro e quando os conservatórios são públicos não existem vagas suficientes.
Este ano concorrem cerca de 600 crianças para ingressarem no conservatório do Porto para menos de 100 vagas - sujeitas a uma prova de aferição! Todos os anos este número é maior. As escolas particulares, ou fecham ou estão à beira da falência por falta de alunos.
Que medidas toma o ministério quando apregoa que o ensino artístico deve ser democratizado? Elabora um relatório no qual prevê o aniquilamento do ensino suplectivo e articulado. Estará concerteza o Ministério a confundir os termos - ensino democrático/ensino elitista.
É que o ensino artístico que eles consideram importante democratizar não é este. Para o povo ficar contente, basta dar-lhes música no 1º ciclo (para saberem quando bater palmas...)E depois, para as orquestras, é continuar a trazer instrumentistas estrangeiros. Afinal, não é mais do que continuar a fazer o que se tem feito até agora. O que é estrangeiro é que é bom! :-(
Tenho duas filhas no ensino artístico em regime articulado. A uma delas falta-lhe só um ano para terminar o secundário. Em princípio não sofrerá ainda estas alterações. Mas, e a outra? Poderá também seguir música? Tenho bastante receio que estas alterações nos obriguem a mudar de cidade, em busca de um conservatório público. Porque no privado, será muito difícil...
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