domingo, julho 08, 2007

Festa de final de ano

A festa de final de ano na minha escola, deve ter sido idêntica a tantas outras por esse país fora. Mas, nada como ver...



7 comentários:

Anónimo disse...

Percebi a dica :)

Não quis de modo nenhum menosprezar o teu trabalho. É evidente que só por estes videos que aqui pões já dá para ver que tipo de trabalho se faz por aí infelizmente.

Sei o quanto é difícil trabalhar com crianças e percebi a tua ideia. Só que continuo a achar que não é por adicionar uma batida pré-fabricada de discoteca a uma sinfonia de Beethoven que as crianças no futuro irão ouvir esse tipo de música. Tem que haver outro caminho...

Fantasia Musical disse...

Ah, não! Antes que fique aqui um mal-entendido, devo dizer-te que estas imagens correspondem à festa organizada pelos alunos e para os alunos. Na minha escola existe a tradição de deixar a última manhã de aulas livre para a festa, que os próprios alunos do 6º ano organizam para si. A participação dos professores é de mero espectador (se assim o desejar). A festa de final de ano organizada por mim (única professora de EM) está patente nos posts dos dias 20 de Junho ("Espectáculo de final de ano") e 01 de Julho ("Saudades dos alunos") e aí é possível (espero)ver um tipo de actividade bem mais cuidada e de qualidade.

Anónimo disse...

Ok percebi, desculpa a má interpretação. Assim, já faz sentido as imagens que vi.
Pensei ao início que se trataria de outra escola e que estavas de algum modo a ironizar, desculpa mais uma vez.

Não me interpretes mal.
Como já referi admiro o teu entusiasmo e leio o teu blog com interesse. Não sou prof. de EM, mas sim de piano no ensino vocacional e confesso que em menos anos de carreira já perdi grande parte do meu entusiasmo com que comecei a trabalhar...
Penso que os prof. de EM do ensino regular têm um papel importantíssimo na formação geral das crianças e de alguma forma abrem as portas para despertar o interesse pelo ensino vocacional.
São tipos de trabalho diferentes mas que se complementam, ou pelo menos deveriam.
Se é que me faço entender...

Mesmo não concordando com o Beethoven parabéns pelo trabalho que mostras estar a realizar.

Fantasia Musical disse...

Obrigada Ana. Já estava a ficar triste ;-)

Sei que posso fazer muito mais do que faço mas, pelo menos, tento passar o meu gosto pela música a cada uma das "minhas" crianças. E sabes que, para não esmorecer esta minha paixão, procuro continuar em permanente actualização através de outras licenciaturas e participação em grupos de música de câmara.

A música que faço com os alunos, não me sacia... Então, busco noutros lados e essa minha procura permite ir trazendo lufadas de ar fresco às actividades que realizo com os alunos. E quando eu sinto prazer naquilo que faço, eles também o sentem!

Fantasia Musical disse...

Ah! (já me esquecia) E quase todos os anos lectivos algum dos meus alunos ingressa nalguma escola de música. Raros são os que escolhem o Conservatório, mas...

Quer queiramos, quer não, o Conservatório é uma escola cara e, nesta zona interior do país, muitos não podem suportar a sua mensalidade. Caso assim não fosse, estou convencida que haveria mais adesão por parte dos jovens.

Anónimo disse...

Pois claro que é caro e quando os conservatórios são públicos não existem vagas suficientes.
Este ano concorrem cerca de 600 crianças para ingressarem no conservatório do Porto para menos de 100 vagas - sujeitas a uma prova de aferição! Todos os anos este número é maior. As escolas particulares, ou fecham ou estão à beira da falência por falta de alunos.
Que medidas toma o ministério quando apregoa que o ensino artístico deve ser democratizado? Elabora um relatório no qual prevê o aniquilamento do ensino suplectivo e articulado. Estará concerteza o Ministério a confundir os termos - ensino democrático/ensino elitista.

Fantasia Musical disse...

É que o ensino artístico que eles consideram importante democratizar não é este. Para o povo ficar contente, basta dar-lhes música no 1º ciclo (para saberem quando bater palmas...)E depois, para as orquestras, é continuar a trazer instrumentistas estrangeiros. Afinal, não é mais do que continuar a fazer o que se tem feito até agora. O que é estrangeiro é que é bom! :-(

Tenho duas filhas no ensino artístico em regime articulado. A uma delas falta-lhe só um ano para terminar o secundário. Em princípio não sofrerá ainda estas alterações. Mas, e a outra? Poderá também seguir música? Tenho bastante receio que estas alterações nos obriguem a mudar de cidade, em busca de um conservatório público. Porque no privado, será muito difícil...