No espectáculo que organizei no final do ano lectivo, algumas turmas apresentaram o seu trabalho ao longo ano. Hoje deixo-vos dois desses momentos.
Ao longo de todo o ano vou sentindo falta de um companheiro de Educação Musical (sou a única professora de EM na escola), mas nos finais dos períodos essa sensação agudiza-se: tanto trabalho, arrelias, nervos mesmo! Mas, afinal, tanta alegria e felicidade também.
Ahhh!! (suspiro) Nota-se muito que já estou com saudades? Eu queixo-me, queixo-me, mas não conseguiria viver sem alunos. A sério!
5 comentários:
AP, bom trabalho: é de pequenitos que se fazem os músicos, (alguns, pelo menos!). Muitos parabéns, pelo teu trabalho, e tb pelo teu amor pelo ensino da música; és mesmo militante! Força...
Mas, atenção, vale mais só (embora custe!) que mal acompanhada.
Assina, JottaErre
Claro! Eu sei que nem sempre se encontram colegas com a mesma forma de viver a Música, pois até já tive essa experiência. Nessa altura, trabalhei tão sozinha como agora.
Mas também já tive o prazer de trabalhar com colegas excepcionais e aí fizemos coisas que... ai! Que saudades!
Cara AP o teu trabalho é importantíssimo e agrada-me ver o teu entusiasmo.
Mas tenho que te perguntar - porquê acompanhar o 2º and. da 7ª de Beethoven com essa batida pré-fabricada?
A meu ver as crianças conseguem fruir música "séria" sem a ajuda de artifícios e é aí que deve incidir o nosso trabalho (embora eu não seja prof. de EM)
Tens apresentado videos fantásticos, que sugerem muitas ideias que poderão realizar com crianças deste nível de ensino. Estou-me a lembrar de do "Método do passo" e "lenga lenga". Porque não basear a apresentação das crianças em jogos deste género? Pode-se formar um verdadeiro grupo de música de câmara à base da percussão utilizando o corpo com coreografias e lengas lengas.
Bem...não vou estar para aqui a dizer coisas que tu deves saber muito melhor do que eu (não me interpretes mal).
Só não concordei com a abordagem que fizeste a Beethoven. Deixo aqui a sugestão.
Ana C.
Compreendo perfeitamente o que dizes e até concordo com o ideal. Mas, cada vez mais se torna difícil motivar os alunos não só para a música erudita, como para o trabalho em geral. Por isso, muitos colegas meus até já desistiram de ensinar flauta de bisel, por exemplo.
Como qualquer instrumento, exige esforço e trabalho e é com dificuldade que consigo atrair a atenção da maior parte dos alunos. Ao longo da minha carreira (20 anos) fui tentando dar-lhes a conhecer boa música, intercalando os vários estilos. Há pouco tempo deram-me a conhecer este livro de peças para flauta com acompanhamento criado em computador. E, por incrível que pareça, os alunos até "choram" por mais. Estudam com muito mais prazer e afinco, desenvolvendo rapidamente a sua técnica. Dizes-me que não é correcto usar assim os grandes compositores. Enfim... O que é certo é que aprenderam a tocar bem, com um prazer enorme e, sem se sentirem forçados, ouviram Beethoven felizes.
Quanto aos métodos que mostrei, não invalida que, simultaneamente, os vá tentando utilizar! Nem imaginas as dificuldades de coordenação motora que, hoje em dia, muitos alunos apresentam...
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